“Fejão
no dente”
Há feijões e feijões. Há famílias
diversas, com cores, formas e tamanhos. Uma infinidade de variedades de
feijões. Encontramos o feijão como alimento, e famílias com o sobrenome de
feijão. O feijão é uma leguminosa que faz parte da base alimentar do
brasileiro. E há feijões e feijões. Há os feijões digestivos e nutritivos; e os
feijões fracos, sem vitaminas e sem proteínas, e até indigestos. Alguns feijões
são consumidos com a própria vagem, e podem ser simplesmente ser chamados de vagem,
diferenciando-se entre manteiga e macarrão.
Algo que parece nunca dar
certo é um feijão no dente, o popular “Fejão
no dente”. Quando depois de uma alimentação, uma refeição, ou depois de uma
degustação fica um pedaço ou uma casca de feijão, em um dos dentes, cobrindo um
dente, ou localizado entre os dentes.
Existe uma grande variedade
de feijões. Podendo alguns até ser classificados ou nomeados pela cor: feijão
branco e feijão preto, e até o feijão mulatinho; feijão vermelho, feijão roxo, e
outros. Outras variedades e classificações podem ser nomeadas na cor e na condição
da semente: como o caso do feijão verde, que também é conhecido como feijão de
corda, dependendo do local. Depois de maduro pode receber outro nome, como feijão
macassa, e em alguns locais pode ser conhecido como feijão fradinho. Dizem que
entre estes quando secos ou maduros, pode haver cores diferentes. Alem do feijão
fradinho, também é muito comum encontrar o feijão furadinho, quando brocas
infestadas passam a deixar os seus caminhos.
Outras nomenclaturas podem acontecer:
por questão de uma semente ser natural de um lugar, ou de ser pesquisado em um
laboratório, ou ser consumido exclusivamente em um determinado lugar. E até ser
criado ou pesquisado por alguém que nasceu ou viveu em um determinado lugar. Um
fato para descobrir e pesquisar. Deve haver uma razão para um feijão ser
chamado de carioca e outro de carioquinha. Fatos que geram uma curiosidade. Como
o fato que possa ser pesquisado: como o feijão carioca ou o feijão carioquinha.
Embora o carioca consuma mais feijão preto no seu dia a dia. Em outras regiões do
país, o feijão mais consumido é o carioca e o carioquinha, enquanto o feijão
preto só é consumido em feijoadas.
E algo que parece que sempre,
e nunca dar certo é um feijão no dente. Uma questão ética e estética. Quando
depois de uma alimentação ou depois de uma degustação fica um pedaço ou uma
casca de feijão em um dente. O rosto é o cartão de visitas de uma pessoa. E o
sorriso complementa este cartão de visita.
Da mesma forma acontece no
comércio. A porta de um comércio é uma boca para a entrada de seus clientes. A
porta comercial é o sorriso para um cliente. Um comércio de produtos ou
serviços. Um carro parado na porta é como uma casca de feijão no dente, um “caroço
de fejão no dente”. Na região da Grande Natal é muito comum carros parado
literalmente na porta de um comércio. Carros que se encostam à porta, nas
calçadas. Carros estacionados junto a portas, e nas paredes junto à porta,
dificultando a passagem de pedestres e entrada de clientes. Um ato incauto de motoristas
displicentes, e por incrível que pareça também pode ser um ato do próprio proprietário
do estabelecimento. O proprietário que quer mostrar ser dono de imóveis e
automóveis. Acreditando que imóveis, com seus automóveis sobre as calçadas são espaços
e propriedades exclusivamente suas.
Um carro parado literalmente
na porta da entrada de um estabelecimento comercial, não valoriza o
estabelecimento, impede a entrada de novos clientes, não valoriza o
profissional que ali está trabalhando. Atrapalha a vida de outros pedestres e cidadãos.
Um carro estacionado na porta, a boca de entrada do comércio é como uma sujeira
nos dentes, um caso típico de “Fejão no
dente”.
A qualidade e a gestão do
atendimento começam pelo sorriso de boas vindas, estampados simbolicamente nos
tapetes e nas portas de acesso de um estabelecimento.
Entre
Natal/RN e Parnamirim/RN 11-04-15