domingo, 25 de dezembro de 2016

Pense num prefeito amostrado…..

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Pense num prefeito amostrado…..
Diab’ é isso ? Eita homi dirlechado! Tá com a bexiga!
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O prefeito anda encangando grilo. E está ficando com sua imagem mais amassada que lata de construção. Pensou que era fácil administrar novamente a tal cidade, mas tá ficando arrochado. E agora se for na Ribeira, fica com medo de perder a cadeira, tá ficando mais liso que bunda de anjo. Só tira nota perdida.

Eita mas que cabra mais dirleixado, parece que tá com a bexiga. Pense em um prefeito, amostrado e arengueiro, que durante a campanha eleitoral, criou um furdunço com os seus concorrentes, em alguns debates. Chegou a ter um arranca-rabo, diante um povo presente, lá para as bandas da Lagoa Nova. Parece inté que tem dor de veado, depois de tanta correria; está sempre correndo e olhando a agenda no telemóvel. Fez o povo engolir corda, se achando um fuderoso. Agora anda queimando reunião com o secretariado, sindicatos e trabalhadores terceirizados. O cabra se acha a ultima coca cola do deserto. Enquanto era candidato a uma reeleição, se mostrava mais feliz que pinto em beira de cerca, agora ele amarra um bode. Mas diante uma câmera, fica todo boyzinho, e brilha mais que catarro em parede. Coloca as canjica pra fora. E seu bruguelo já se acha dono do parque da cidade.

E  quando soube que estava eleito, montou na égua. Subiu na sua carroça motorizada, e saiu em comitiva pela cidade. Não se arrisca no volante, deve ser um cangueiro. Desfilou pelas ruas da cidade com um frivião de gente, fazendo papouco, e soltando peido de velha. Foi de morcego. Acenou para o povo como o latifundiário da fazenda asfaltada, mas longe dos papangus. No seu histórico escolar tem formação em faculdade, de doutor advogado, em uma cidade grande. Um papa jerimum com estripulias de papa-goiaba. Lá seria cheio de marra, um típico marrento. Mas aqui o povo coloca pra torá.

Durante a campanha, chegou na frente das câmeras e publicou nas redes sociais um caçuá de ideias e aresias. Mas queria mesmo é colocar a cangalha no povo. E disse: Oxente, a crise está sendo contornada. Não temos com o que se apoquentar, o caixa da prefeitura, está cheio de putufus, dizendo que sabia gerenciar. Era fácil ser melhor que a outra mocoronga, e a mocreia. Morróia !!!

Gosta de furdunço e fuzuê na cidade, fazendo festa aberta for all, tal como os americanos, um típico rala buxo. Mas passa desembestado pela festa. Assim ele fez na festa literária, ao passar pelos stands dos escritores. Passou fubento com a fuça virada para frente, fazendo munganga. Deixou os escritores com jeito de fuleiros em muquifo. Nem apeou para fungar os livros.

As pareia vestidas de amarelo ficam pastorando as ruas, onde tem mais jumento do que motorista, ainda que fossem maltoristas. E às vezes estão até em patota ajudando a desviar dos buracos. Assim é na tal cidade que ele se faz de coronel. Uma capitania hereditária.

E o Natal chegou na tal cidade, onde administra o tal prefeito. Ele colocou a cidade mais enfeitada que bicicleta de pedreiro.  Falou para o povo que quem estivesse liso no Natal, poderia dar uma volta na rua e observar a ornamentação natalina; comer um espetinho na praça da Árvore. Parecia mesmo um recado, devia estar expritado. O povo que trabalha para a prefeitura, ficou sem pagamento e o tão esperado décimo. O prefeito liso, leso e louco, não pagou os peões da sua fazenda, que ficaram com dívidas nas bodegas, e em algumas mercantis. Nem pagaram o lanche na cigarreira. Deixou os servidores municipais na pindaíba. Vendendo o almoço para pagar a janta. O mais esnobado, quem sabe pode inovar sua ceia natalina. Comendo ginga com tapioca, acompanhado de cuscuz com ovo. E na sobremesa se fartar de pitomba, se tiver no pé, ou comer gelé, coisa de quebrar o queixo. E o povo tá sem receber o troco do INPS, tá rebolando mais que minhoca em areia quente, na calçada da prefeitura.

A cidade ficou toda enfeitada, cheia de parangolés iluminados, parecendo cidade grande. Mas deixou os servidores de parreco de fora. Agora o prefeito está desenchavido e aperreado. Vai ter que desengolir tudo o que disse e prometeu, ou sair desembestado igual desmantelado.

Na praça da árvore ele construiu uma favela. A favela da Lapônia. Uma ruma de barracas mal arrumadas, sem caminhos e sem acessibilidade, tudo amontoado. E como favela não tem regra de construção, não tem nem esgoto e nem água, tem uma ruma de gato na energia elétrica, ficou parecendo a favela da Lapônia, com árvore de Natal e casa de Papai Noel.

Sr, prefeito ariado, desencana porque já está destiorado. Está na hora de pegar o beco, ou deixar de pedenga e administrar a cidade.


Fonte de consulta para termos regionais:
Dicionário de Potiguês e Expressões Populares, de Kadmo Donato.

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN
Em 24/12/2016


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Roberto Cardoso (Maracajá)
IHGRN - INRG
Jornalista Cientifico (FAPERN/UFRN/CNPq)
RM & KRM



Pense num prefeito amostrado…..
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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A história de Dona Daluzinha

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A história de Dona Daluzinha
PDF 788

Era uma vez uma contadora de histórias chamada dona Daluzinha. Dona Daluzinha vivia em uma casinha com uma enorme mangueira, que além de fornecer sombra aos que sentavam para ouvir suas histórias, a mangueira quando não gostava da história, jogava uma manga na dona Daluzinha.

Com Dona Daluzinha ainda moravam a Vovó e duas filhinhas, uma chamada de Sol e a caçula era a Chuvinha. E como toda historinha com uma casinha, não pode faltar um animal doméstico, a cadela que morava na casa, tinha o nome de Alegria. Vez por outra os saguis da rua chegavam para aproveitar as mangas maduras. A casinha ficava perto de uma lagoa nova. Índios potiguares passavam por sua porta. Outras tribos também estavam por perto, como os tororós. E temiam o capitão mor, um tal de Gouveia.

Desde pequena dona Daluzinha aprendeu com a Vovozinha, que todo dente de leite, que a natureza substitui, devia ser jogado no telhado e fazer uma pedido. E dona Daluzinha, ainda pequenininha, jogava o dente vencido em cima do telhado e fazia um pedido; “Quando eu crescer quero ser dentista”. Dona Daluzinha cresceu e se tornou dentista, uma cirurgiã, com bandeja metálica cheia de escavadores e pinças . E enquanto atendia os pacientes, exercitava sua contação de histórias, com os pacientes que ficavam de boca aberta e concordavam com tudo que falava dona Daluzinha. Hum hum. Hummmmm….. Está doendo? - Hã hã. E com a carpule fazia uma ameaça velada, aos que não acompanhavam suas histórias. Para as crianças, ela possuía carpules coloridas.

Dona Daluzinha foi por muitas vezes convidada a subir no palco, e no imaginário das pessoas, era uma atriz de TV e de teatro. Agora ela é uma inventora e contadoras de histórias, que incentiva seus alunos em suas oficinas, a criarem historinhas. Mas as histórias criadas ou inventadas durante uma oficina, são como bolhas de sabão que alegram os olhos, produzem um sorriso, mas em um momento desaparecem no ar, soltando suaves respingos que desaparecem rápido com o tempo. Tal como os efeitos anestésicos, ótimo enquanto os pacientes estão sentados, na cadeira da tortura.  Uma história produzida com mais tempo, pode oferecer mais informações e maiores conhecimentos, tudo baseado em pesquisa. Pesquisas que podem oferecer outros conhecimentos.

Hoje Sol anda escondida por trás de nuvens distantes. Chuva a caçula, está na dúvida em suas brincadeiras, de fazer comidinha ou ser professora. Mas um futuro já desponta. Cursar gastronomia e fazer pedagogia. E em suas oficinas, poderá juntar crianças e fazer oficinas de lambanças na cozinha, Como fazer brigadeiros, beijinhos de coco, olhos de sogra, e outros docinhos….. Para que as crianças participem de uma oficina de saberes e sabores, e saiam felizes para sempre.

RN 06/12/2016



#BLOGdoMaracajá.jpgRoberto Cardoso (Maracajá)
RM & KRM

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