O
problema das árvores em Natal/RN
A natureza tem suas
estratégias de enviar mensagens e sinais, basta saber observar e interpreta-los.
Há uma mensagem transmitida pelas arvores em Natal. À medida que as arvores vão
caindo, afloram os problemas enterrados, ao longo dos anos. Arvores que vão
dando os indicativos dos problemas enterrados e não solucionados, ao longo dos longos
anos passados, problemas enraizados. Árvores antigas, já classificadas como centenárias,
e com problemas crônicos em seus troncos, raízes e solos. É tempo de renovação.
Em data recente uma árvore
caiu e obstruiu uma das pistas da artéria principal de Natal. Atingiu alguns
poucos carros, sem vítimas fatais, apenas materiais. E a queda da árvore
aconteceu em um dia de céu claro, um dia sem chuvas. Em uma época de chuvas, no
período denominado como inverno. Em dias com chuvas intensas a apreensão e o
nervosismo. O risco de quedas de arvores centenárias se torna maior. O problema
torna-se agudo.
Com árvores caídas,
automaticamente surgem os reflexos no transito urbano. Transtornos na cidade e
desespero dos motoristas. Quando se fala em motoristas, é uma referencia direta
aos proprietários de automóveis, aqueles conduzem seus próprios veículos, e que
deixam mais pegadas ecológicas, pelos seus caminhos. Nada se fala sobre aqueles
que utilizam o transporte coletivo, proporcionando pegadas ecológicas menos
agressivas ao meio ambiente. O dano relatado no noticiário, como maior destaque,
é aplicado aos que possuem carros, aos muitos motoristas solitários.
Os serviços públicos municipais,
já vinham anunciando e procurando soluções para o problema das árvores. Os
riscos eminentes das árvores. Árvores que são minimamente centenárias, que já
estavam radicadas em seus locais antes da cidade ali chegar. Com a presença
urbana da cidade, em volta das árvores, elas se tornam problemas e obstáculos.
Ameaçam a vida daqueles que tomaram seu espaço, e abalaram suas raízes,
cobriram de carros e de asfalto as suas sombras. Aqueles que provocam
solavancos no terreno diariamente.
E a maneira como os
profissionais responsáveis, pela segurança e paisagismo, da cidade, o modo que olham
para o problema das arvores, é a mesmo que olham para outros problemas. A solução
dada para o problema das árvores também é a mesma como todo outro problema
urbano. Uma árvore é avaliada como um problema. E um problema é avaliado como
uma arvore no caminho. Algo que impede uma passagem e é um risco á população e
a administração publica. Dão como solução de podar ou arrancar as árvores e os
problemas. Para diminuir os riscos de uma suposta queda. Não há um discurso em olhar
as raízes das árvores e dos problemas, não há sequer um discurso em analisar o
solo e o espaço onde estão plantadas, as árvores e os problemas. Não há um discurso de descupinizaçao, daquilo
que afetou a arvore da vida da cidade.
Árvores que estão espremidas
em canteiros centrais das avenidas. Tão quanto o pedestre fica espremido ao
atravessar vias avenidas com duas ou mais pistas. A mercê dos balanços do solo,
e dos deslocamentos de ar provocados pelos veículos que passam zunindo.
Não há um discurso de trocar
árvores corroídas pelo tempo, trocar por novas árvores que possam dar bons frutos
e boa sombra. Plantar novas sementes, trazer novas mudas, ainda que sejam novos
enxertos. Preparar e adubar solos. Como não há este mesmo olhar para os
problemas urbanos. Só há um olhar: para a copa das arvores e dos problemas, e a
solução de sempre é podar e cortar. Só se olha para o que esta a vista dos olhos,
não se observa as raízes dos problemas, aquilo que está escondido por baixo da
terra. Com o tempo raízes e problemas vem a tona.
O Morro de Mãe Luiza
deslizou porque não havia árvores para segurar seu solo, não haviam emaranhados,
raízes entrelaçadas, que segurassem o solo. O morro desceu e deixou um rastro
de famílias desembaraçadas de suas raízes. Por fim as águas das chuvas
proporcionaram um arrasto ao que vinha para ajudar. A força da natureza foi
maior que a força que restava aquele herói, que facilitava a drenagem pluvial. Só
resta agora fazer uma homenagem. Dar seu nome à rua que a natureza abriu em direção
ao mar.
Em
1º de Abril – Natal/RN
Roberto Cardoso
Reiki Master & Karuna
Reiki Master
Desenvolvedor de Komunikologia.
Textos relacionados ao Morro
de Mãe Luiza
Texto publicado em:
Roberto
Cardoso (Maracajá) Desenvolvedor de Komunikologia. Reiki Master &
Karuna Reiki Master CMEC/FUNCARTE Cadastro Municipal de Entidades
Culturais da Fundação Cultural Capitania das Artes Membro do IHGRN
Instituto Histórico e Geográfico do RN Membro do INRG - Instituto
Norte-Rio-Grandense de Genealogia Jornalismo Científico FAPERN-CNPq
http://www.publikador.com/author/maracaja/
http://www.publikador.com/author/maracaja/
Nenhum comentário:
Postar um comentário