Coxinhas urbanas(os)
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A modalidade de lanches, com a venda de mini coxinhas invadiu a cidade. Kiosques em shoppings, e kiosques ocupando as calçadas já estreitas, são encontrados pelas ruas de Natal/RN. E com a nova onda de food truck, carros de modelo kombi, são transformadas em espaços para venda de coxinhas. Kombis que não sabemos se estão regulamentadas e autorizadas pela prefeitura para estacionar nos locais preferidos por seus proprietários. E se estão autorizadas pela prefeituras, falta a prefeitura fazer uma auto avaliação de seus atos e suas legislaturas. Já que as kombis vem servido a coxinhas que querem uma vaga para seus carros, jurando serem loucos por coxinhas. Fazem até uma casadinha, com lanche e estacionamento no mesmo espaço. Mas não um drive true, ou um delivery. È do tipo comeu ,cai fora, sintetizado por suas cores.
Na rua Coronel Cascudo, no centro de Natal/RN, que é uma rua parcialmente para pedestres, encontra-se sempre uma kombi vendendo coxinhas, fechando a rua, que é utilizada por pedestres. A kombi está estacionada em uma esquina, que da acesso a parte da rua, destinada a pedestres. Na rua exclusiva de pedestres, mas sempre invadida por motos, que passam facilmente entre os blocos de concreto, conhecido como gelo baiano...
E com food trucks mal estacionados, a cidade se remete aos tempos das cigarreiras, que eram instaladas em qualquer lugar, bastando ter um local com grande movimento de pedestres, deslocando-se para um lado e para outro, sempre apressados em busca de um lanche barato, no meio da rua, em cima da calçada.
Não bastando a kombi estacionada, existem carros estacionados ao longo da rua transversal, reduzindo os espaços, que dão acesso a rua. Forçando os pedestres a ficar se esgueirando entre os espaços de para-choques, lado a lado, que muitas das vezes ainda possuem uma "bola de engate" para reboques, em camionetes da fazenda asfaltada.
A cidade entra na onda do modismo e exigência de países estrangeiros, acabando com as cigarreiras e carrocinhas ambulantes, adotando o food truck. Mas não entra na onda do planejamento urbano adotando e facilitando acessibilidade e mobilidade urbano. Seus administradores com uma camisa da cor do partido, apresenta um discreto YSL bordado, da famosa grife francesa.
Mas também seus auxiliares e secretários, que podem estar de terno e gravata, não querem o desconforto das ruas, preferem seus gabinetes com água gelada, cafezinho e ar condicionado. Só andam nas ruas em situação de promoção das suas estampas, e suas campanhas, com comitivas e maquinas fotográficas, para mostrar seus créditos em redes sociais.
A prefeitura cria aplicativos para receber reclamações, via internet e via celular, um tipico comodismo para dizer que trabalha. Mas seus dirigentes administrativos não possuem coragem para andar nas ruas, conferir denuncias e procurar irregularidades. E reclamações batendo na porta, da casa do povo, falando diretamente, não são efetuadas. Apenas fazem parte de estatísticas não divulgadas.
Os denominados amarelinhos, correm o risco de se tornarem uma lenda, de que estavam nas ruas e multavam, promovendo respeito ao cidadão. Mas na onda do Pokemom estão cada vez mais difíceis de serem encontrados, salvo quando um mesmo um, sempre aparece na televisão, sem permitir ser capturado.
O argumento de ordenação urbana, acessibilidade e mobilidade, vale para qualquer cidade.
Texto em:
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 11/08/16
Roberto Cardoso (Maracajá)
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Jornalista Científico FAPERN/UFRN/CNPq
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